quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Na torcida !

Em seis meses, tanta coisa mudou. Pois é, em junho desse ano, me aventurei num primeiro post sobre futebol. Escrevi sobre o que acontece no gramado e nas arquibancadas num jogo da Copa Nabisco (equivalente a Copa do Brasil). A partida que acompanhei era do Kashiwa Reysol contra o Vegalta Sendai.
Hoje, escrevo outra vez sobre uma partida do Kashiwa Reysol. Mas, naquela época, era só uma equipe recém saída da segunda divisão. Agora o time dos brasileiros Nelsinho Batista, Jorge Wagner e Leandro Domingues é o campeão japonês 2011. O título deu direito ao clube de participar do mundial interclubes da FIFA, ao lado do Santos e do Barcelona. Quem diria!
 Eu fui acompanhar o Mundial no estádio.
Muito emocionante!
Se já foi uma descoberta e tanto ir a um simples estádio japonês como o do Kashiwa naquela época, imagina chegar a um estádio japonês de nível mundial!
Entende porque eu preciso voltar a este assunto?

Neste domingo fui ao jogo Kashiwa Reysol (Japão) X Monterrey (México), quartas de final do campeonato. O time mexicano era o favorito, mas considerando o recente histórico do Kashiwa, ninguém podia dizer que o jogo estava ganho.
Na entrada, diversas barraquinhas de comida e um stand da FIFA com réplicas dos últimos troféus e algumas atrações para quem quisesse sentir o gostinho de levantar a taça!
Como eu, por exemplo ...
Num frio de começo de inverno no Japão, por volta dos 7 graus, eu estava preocupada com o que iria enfrentar. Fiquei mais tranqüila ao descobrir que o estádio tem teto retrátil.

Até aí muitos tem. Mas e se eu te disser que as cadeiras aquecem quando você senta?
Tudo não se torna muito mais convidativo?
Não é brincadeira! O mecanismo de aquecimento das cadeiras é feito através de um sistema a gás. Se é coisa de japonês, eu não sei, mas que fez a diferença com o avançar da prorrogação, isso fez!
Confesso que do lugar que eu estava, com a cadeira quentinha, só faltou o cobertor para me sentir em casa. Na próxima vez, vou seguir o hábito de alguns japoneses.
Estava praticamente no campo!

A torcida dos donos da casa, claro, era maior e entoava as suas tradicionais músicas. Eu, experiente em jogos do campeão japonês, já conheço os cantos que homenageiam cada um dos jogadores. Isso mesmo, cada um tem uma música diferente, inclusive o técnico. A “massa” amarela e preta (brincadeira, o Kashiwa é um time de interior com um estádio para 15 mil pessoas) é dividida em três torcidas organizadas, mas que ficam lado a lado, coordenadas cada vez por um líder diferente ao mega-fone. Seguindo a organização nipônica, eles fazem tudo igual, ao mesmo tempo. É incrível! O repertório é vasto e eles não param um minuto!
 Este é meu amigo Yusuke Matoba, ou para os íntimos “Mat Over”. Um japonês esforçado que aprendeu português aqui mesmo. É fanático pelo time japonês e me atualiza constantemente sobre o clube!Eu já me sinto parte da torcida! Já sei quase todas as músicas (bom, pelo menos repito o que eu entendo).
Tudo é tão civilizado que os guardas que ficam de frente para a torcida não tem muito trabalho. E já que eles ficam parados lá na frente só observando, por que não sentar para não atrapalhar a visão?
É isso o que eles fazem!

Depois de um 1x1 sofrido, o empate persistiu durante a prorrogação e o jogo foi para os pênaltis. O que poucos esperavam, aconteceu. Kashiwa ganhou por 4X3. Deu a zebra amarela e preta de novo. O time que até ano passado era da segunda divisão e que conquistou o primeiro título da JLeague (campeonato japonês) há pouquíssimo tempo, agora está na semifinal de um Mundial e vai enfrentar o poderoso Santos de Neymar (ou melhor, Neimaru para os japoneses) logo mais!
Na saída, tudo bem tranqüilo. Um caminhão com um telão foi instalado na saída com as informações dos últimos horários de cada trem para ninguém ficar pelo caminho.
Isso é que é pensar em tudo!
Não tem como não comparar com o Brasil, o jeito é torcer para que a Copa do Mundo de 2014 chegue pelos menos “aos pés” do que vi nesse dia. Será que é pedir demais as cadeiras aquecidas?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cada um no seu estilo, mas todos de bicicleta!

Esta é a minha máquina aqui em Tóquio.

Tem seis marchas e uma cestinha, quer dizer, um porta-malas super espaçoso.

Tem até placa!
Todas as bicicletas são cadastradas na compra.

Não é exagero tratar a minha bicicleta assim. O Japão é o terceiro maior usuário de bicicletas do mundo (depois da China e EUA), e num lugar organizado como o este país, o natural seria que este fosse mais um meio de transporte que funcionasse impecavelmente bem. Não é bem assim. Eu ainda não entendo as regras, na verdade, muitos japoneses também não.
O problema é que não tem ciclovia, a rua é perigosa e na calçada não é permitido buzinar para os pedestres darem a passagem. Em geral estão distraídos e nem percebem que vem uma bicicleta em sua direção.
Confesso que quando estou na minha super máquina quero que todos abram o caminho. Uso a buzina de vez em quando, ou melhor, sempre, é incontrolável. Mas quando sou pedestre mudo completamente de lado, quero que as bicicletas sumam, “que buzina irritante!”. Tenho que dar passagem e não posso me distrair um pouco no meu celular.

Estes dias saiu uma lei que as bicicletas só podem andar em calçadas com mais de três metros. Motivo de muita contestação, afinal não há placas informando o tamanho de cada lugar.
Há alguns estacionamentos na cidade só para as "magrelas". Mas, mais uma vez fugindo à regra nipônica, é comum encontrar as bicicletas paradas até mesmo do lado da placa de proibido estacionar.
Para mim, que todo dia recebo um “não” na tentativa de flexibilizar qualquer regra do país, diria que é um absurdo contrariar o sistema desta forma! Que país desregrado!

As bicicletas ao redor da entrada da estação Tamachi.

Com apenas uma trava, as bicicletas podem ficar dias no mesmo lugar. Às vezes aparece um fiscal para arrumar e de vez em quando, notifica alguns abusados.
É muito simples, depende de uma chave pequenininha, muito fácil de ser destravada.

O curioso é que cada um utiliza a sua bicicleta de acordo com as suas necessidades.  
Tem as supermães que precisam levar os dois filhos para a escola.


É ou não é praticamente um carro?
Tem o filho que tem que ir pra escola, mas não consegue acordar. Vai assim mesmo.



Tem os modelos elétricos, muito usados por aqui!

E as jovens que não abrem mão do estilo.
Óbvio que salto combina com bicicleta!

Tem os usuários das melhores engenhocas japonesas, que claro, não poderiam estar de fora desse mercado.
Um porta guarda-chuva, já que é proibido segurar qualquer objeto. As duas mãos devem estar no guidon.
Um porta-copos, para continuar tomando o café quentinho, quando parar no farol.
E esta bicicleta desmontável, será que é prática mesmo?
Tem lugar para todo mundo! Principalmente para os integrantes mais mimados das famílias japonesas, os pets. E não é qualquer lugar! Tem que ser confortável e quentinho. Se combinar com o modelito da dona então, melhor ainda!
 Coisas de Japão ...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Acima das nuvens

Sete horas da noite...tudo escuro e muito frio. Com uma lanterna na cabeça, tentávamos descobrir a trilha exata para chegar ao lugar onde iríamos dormir. Assim começava a nossa aventura pelas montanhas nos arredores de Tóquio. Tudo inesperado. Éramos três, eu, o André- meu marido e o Paulo – nosso amigo brasileiro que adora montanhas e mora aqui há 12 anos. Só que nos atrasamos para deixar a capital. Pensávamos que seria possível chegar de carro bem perto do alojamento para, no dia seguinte, começar a escalada. Doce ilusão. Quando percebemos, já estávamos suando, com fome e tensos.
A estrada fechada, no frio de 9ºC. O jeito foi pegar a lanterna, respirar fundo e caminhar, muito.
O hotel, que na verdade é um típico alojamento japonês fica quase no meio da montanha e para chegar até lá, só caminhando. O problema é que a trilha, para nossa surpresa, demorava mais de duas horas (isso acelerando muito o passo). Durante o trajeto, as dúvidas. Será que iríamos conseguir nos hospedar e comer à essa hora? Nove da noite na montanha é quase madrugada. Todos se levantam antes do nascer do sol para iniciar a escalada.
De repente, a visão do "oásis" na floresta. Esta foto mostra o alojamento. Foi tirada no dia seguinte, quando já estava claro.
Chegando lá, a resposta às nossas dúvidas: o dono já estava dormindo. Ser programado é uma característica japonesa. Os hóspedes chegam , no máximo, até as quatro horas da tarde para tomar um banho de ofurô, jantar  e dormir cedo. Imagine a surpresa dele ao ser acordado por três “gaijins” (estrangeiros) suados e famintos. Ele estranhou, mas não nos decepcionou. Fugindo ao estilo japonês, abriu uma exceção, nos conseguiu um quarto e nos preparou um jantar com direito a saladinha e tempurá.
Este é o ofurô, em baixo das tábuas tem água bem quentinha para relaxar antes ou depois da escalada. Importante: não esqueça a toalha! Tivemos que nos secar com camisetas.
O lugar, típico japonês, tem quartos privados ou comunitários com tatames e futons para se acomodar.

Às 5:30 da manhã já estávamos de pé para disfrutar um típico café da manhã ao estilo japonês, antes de enfrentar longas horas de caminhada.
hábito eu definitivamente não me acostumei. Peixe, arroz e verdura pra quebrar o jejum não combina!
Os japoneses adoram essa programação: passar o dia na montanha, fazer um piquenique no topo e voltar. Acontece que a maioria deles já está numa idade mais avançada! E, diga-se de passagem, todos totalmente paramentados com fogão portátil, sticks (bastões de escalada) para não forçar o joelho e um acessório em particular, um sininho preso na mochila para espantar possíveis ursos que possam estar por perto. Costumes locais.
Esta foto foi tirada no monte Takao
Há muitas montanhas populares perto de Tóquio, como o monte Takao, da foto acima. Mas agora iríamos encarar a Kumotori Yama, que na tradução literal significa a montanha que pega a nuvem. Não deixa de ser um simbolismo, já que esse é o pico mais alto da região, com mais de dois mil metros de altitude. Definitivamente, um lugar de difícil acesso.
No meio do outono, a paisagem local é deslumbrante! Sabe aquela imagem de folhas vermelhas caindo? É exatamente isso que acontece aqui. A trilha fina, coberta por folhas, parece uma pintura! E faz esquecer o imenso penhasco bem ao lado.
A recomendação número um aqui é não cair!
No monte Kumotori existem poucos alojamentos. E eles ficam isolados, no meio da montanha. Fiquei imaginando como que chega comida e outros mantimentos. E descobri ao ouvir um incessante barulho de helicóptero.
A operação é delicada. O helicóptero não tem onde pousar, então descarrega a mercadoria com ajuda de uma corda e depois iça todo o lixo produzido pelos hóspedes. Muito legal! E caro, imagino.
Durante toda a caminhada, eu me surpreendia quando encontrava idosos sozinhos, explorando as trilhas. É inacreditável a força e disposição dos aposentados japoneses!
Precavidos, eles não abrem mão do sininho. Pode ser que espante mesmo os ursos...mas o barulho é muito chato.
Estes são meus companheiros enfrentando uma das inúmeras áreas íngremes da montanha (André acima e Paulo logo abaixo)
Depois de mais de três horas de subida intensa, o alívio e a recompensa...
... a alegria durou até eu lembrar que haveira uma longa descida pela frente, além de todo o caminho percorrido na noite anterior. Entre paradas para lanches e descansos, ficamos mais de nove horas na floresta. Tempo suficiente para refletir sobre a vida, deixar toda a energia ruim para trás e entender porque os japoneses gostam tanto de ir para as montanhas !

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Micheri Taru, muito prazer !

Foram 10 minutos até eu encontrar o bendito “Miruku Baru” no meio da movimentada estação de Ueno. É o nome estranho do lugar que me indicaram para tomar um sorvete rápido. Quando achei a loja, entendi. O nome em inglês da sorveteria é “Milk Bar”. As palavras estrangeiras mudam quando são "ajaponesadas". Na hora de pedir um ice cream, a atendentente me corrigiu,  "Aissu Kurimu", ela disse. 

A língua japonesa pode ter fama de complexa, e é muito! Mas algumas palavras são decifráveis e muito engraçadas.

Pelo "M" é muito fácil saber que se trata do Mc Donald’s, mas pela leitura própria que eles desenvolveram, o fast food mais famoso do mundo virou "Maku Donarudo”.

Aprendi muito japonês desde que cheguei, a minha nova rotina me permitiu isso, voltar à escola. Quatro horas diárias de japonês.
Tudo começou de maneira muito tradicional: a professora entrou na classe, todos os alunos levantaram, curvaram-se e juntos falaram: “Sensei, ohayo Gozaimasu” (professora, bom dia).
Para mim, que só sabia falar “arigatô” e “sayonará”, aquela aula foi um banho de água fria. Tudo em japonês. Tinha certeza que tinha entrado na sala errada, mas não. Aqui no Japão o método é quase sempre o mesmo: muita pressão!
Isso porque são três alfabetos: o hiragana, o katakana e o kanji. Os dois primeiros representam os mesmos sons, a diferença é que o hiragana é utilizado para escrever palavras exclusivamente japonesas e o katakana serve para escrever palavras estrangeiras. Os kanjis são bem mais complicados, são os famosos desenhos, ou melhor, caracteres, que tem origem chinesa. Explicar a necessidade deles também é difícil, fica para outro post.
As palavras engraçadas que escrevi acima, claro, vem do katakana.  Até os japoneses se divertem com a tradução que fazem. Existe essa dificuldade porque os alfabetos são compostos por sílabas (ka,ki,ku,ke,ko ...ma,mi,mu,me,mo...sa,shi,su,se,so e assim por diante).
É muito difícil para um japonês conseguir pronunciar duas consoantes juntas. Por isso quase ninguém fala inglês, e mesmo os que sabem ficam com vergonha da pronúncia. Sendo assim, a solução foi transliterar as palavras estrangeiras para o japonês. Desta forma nasceu o “tchocoreto”(chocolate) e diversas personalidade, como o “Tomu Cruisu” e o “Buraddo Pitto” (Tom Cruise e Brad Pitt). São pérolas, que além de cômicas, são aliviantes para um estrangeiro, que consegue entender alguma coisa, depois de acostumar o ouvido, claro.
Cartaz de estreia do novo filme do Brad Pitt espalhado pelas ruas de Tokyo (o nome dele está contornado com o quadrado vermelho). Ah! O nome do filme é "Manee Booru" (Money Ball)

Aqui tudo é tão único (em japonês, “yuniku”) que as minhas primeiras aulas de kanji tiveram um ar muito típico.
Para aprender a ordem correta de cada traço utilizamos um pincel com água que em contato com o papel dá esse efeito. O mais legal é que quando seca, volta tudo ao normal. Dá para utilizar quantas vezes quiser! São mais de três mil kanjis diferentes, entendeu porque é tão difícil?
Já comentei no blog várias vezes sobre a ancestralidade misturada com a modernidade no país. Mas não esperava encontrar no Japão um vídeocassete e um retroprojetor na sala de aula.
Incrível como escrever com um pincel pode ser a coisa mais motivante do mundo, mas uma aula com retroprojetor parece não ter fim. E isso que estou falando de uma das escolas mais famosas daqui.
Outro momento de destaque do meu aprendizado foi quando um senhorzinho, que se não me engano é o dono da escola, começou a entrar diariamente nas classes, durante três meses para ensinar cantigas japonesas tradicionais.

Como disse antes, simplesmente "yuniku" !
E todas essas aulas no fundo me ajudaram a entender não apenas a gramática e escrita japonesa, mas a maneira de pensar e ensinar dos japoneses. É tão diferente da ocidental que às vezes bate um desespero. Sinto que só eu não estou entendendo. Na realidade apenas os asiáticos estão acompanhando a aula.
Ainda falta um looongo caminho...
Ah! Já ia me esquecendo, depois que cheguei aqui meu nome mudou de "Michelle Tal" para "Micheri Taru". Mas calma! Antes de rir, você já pensou como poderia ficar o seu ?  

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Japão é "kawaii"

Muita gente guarda uma imagem dos japoneses como um povo super sério. O esteriótipo é de um homem com óculos dos anos 70, sempre lendo, tímido e silencioso. E não é uma imagem totalmente falsa. Além de ter um ritmo de trabalho alucinante, parece que a única chance de ouvir gargalhadas nas esquinas é quando eles ficam bêbados depois do trabalho e esquecem a pose que carregam durante o resto do dia. Mas alguns detalhes me levam a acreditar que há uma outra versão nesta história sobre o jeito nipônico de ser. Afinal, em qual cidade do mundo se encontra uma frota de ônibus tão bonitinha?
Não são ônibus escolares, boa parte do transporte urbano é colorida.

Apresento a vocês a palavra que expressa bem esse outro estilo japonês de ser. Kawaíi, o significado em japonês é  “fofo, gracinha, bonitinho” (lê-se “ kawaí ”). É a palavra da moda neste país, um verdadeiro vício. Utilizado por todos.
No caso das meninas, elas ficam aluciandas com a chamada moda “Kawaii”. Existe uma loja, ou melhor, um shopping no bairro mais movimentado de Tóquio especializado só nesse tipo de roupa.
São muitos babados e combinações de gostos duvidosos para um ocidental, ou pelo menos para mim. A regra é a seguinte: se for algo “gracinha”, compre e use. Ah! misture cores e acessórios...muitos!
Sonho de consumo
A escadaria do shopping é cheia de purpurina e no final, claro, uma coroa de princesa.

Lingeries kawaii - acho que não fariam sucesso no Brasil

As propagandas dentro da loja já mostram qual é o estilo daqui.

Este é o espírito!

Mas ser kawaii vai muito além das roupas. Um simples docinho também precisa de desenhos, cores e caprichos. Ficam tão bonitinhos que não dá coragem de comer.
Mas a verdade é que são uma delícia!
Produtos para donas de casa também vendem mais se tiverem um design arrojado. Não se confunda. Nada disso é para crianças.
Esponjas de lavar louça e de faxina
Um tipo de rodo muito usado por aqui

Deu para entender a extensão da moda kawaii?
A vida dos pets é outro exemplo,um mundo à parte que eu já postei no blog, mas as roupas caninas kawaii merecem um destaque especial.
Quem não quer ter o seu cachorrinho vestido de abelha? ("cachorrinho"escrito no diminutivo não por acaso, são quase sempre pequenininhos, isso é ser kawaii!)

E tem mais. Se encontra o kawaii em capas para celulares, acessórios gigantes para enfeitar as bolsas, sapatos, objetos de cozinha, de casa, decoração, comida, bebidas, tudo! Não tem como fugir!
Detalhe no salto em formato de coração
Tudo para enfeitar a comida
Vitrines de lojas

Como diriam os japoneses, “kawaiiiiii desu, nééé?”, que significa, “isto é foooofooo, nééé?”, sempre prolongando o final da frase.
Apesar da aparência séria, desse jeito fechado, percebo que todos os japoneses, sejam jovens, donas de casa ou executivos, fazem questão de trazer alegria para as suas vidas de alguma forma. Esse é só um jeito diferente de pensar e demonstrar isso. São simples detalhes que fazem a diferença no cotidiano dos japoneses. Talvez nós ocidentais é que ainda sejamos "os sérios" demais para gostar dessa moda.
Quem sabe até ir embora do Japão eu também não vista a camisa do estilo kawaii de ser!