Esta é a minha máquina aqui em Tóquio.
Tem seis marchas e uma cestinha, quer dizer, um porta-malas super espaçoso.
Tem até placa!
Todas as bicicletas são cadastradas na compra.
Não é exagero tratar a minha bicicleta assim. O Japão é o terceiro maior usuário de bicicletas do mundo (depois da China e EUA), e num lugar organizado como o este país, o natural seria que este fosse mais um meio de transporte que funcionasse impecavelmente bem. Não é bem assim. Eu ainda não entendo as regras, na verdade, muitos japoneses também não.
O problema é que não tem ciclovia, a rua é perigosa e na calçada não é permitido buzinar para os pedestres darem a passagem. Em geral estão distraídos e nem percebem que vem uma bicicleta em sua direção.
Confesso que quando estou na minha super máquina quero que todos abram o caminho. Uso a buzina de vez em quando, ou melhor, sempre, é incontrolável. Mas quando sou pedestre mudo completamente de lado, quero que as bicicletas sumam, “que buzina irritante!”. Tenho que dar passagem e não posso me distrair um pouco no meu celular.
Confesso que quando estou na minha super máquina quero que todos abram o caminho. Uso a buzina de vez em quando, ou melhor, sempre, é incontrolável. Mas quando sou pedestre mudo completamente de lado, quero que as bicicletas sumam, “que buzina irritante!”. Tenho que dar passagem e não posso me distrair um pouco no meu celular.
Estes dias saiu uma lei que as bicicletas só podem andar em calçadas com mais de três metros. Motivo de muita contestação, afinal não há placas informando o tamanho de cada lugar.
Há alguns estacionamentos na cidade só para as "magrelas". Mas, mais uma vez fugindo à regra nipônica, é comum encontrar as bicicletas paradas até mesmo do lado da placa de proibido estacionar.
Para mim, que todo dia recebo um “não” na tentativa de flexibilizar qualquer regra do país, diria que é um absurdo contrariar o sistema desta forma! Que país desregrado!
As bicicletas ao redor da entrada da estação Tamachi.
Com apenas uma trava, as bicicletas podem ficar dias no mesmo lugar. Às vezes aparece um fiscal para arrumar e de vez em quando, notifica alguns abusados.
É muito simples, depende de uma chave pequenininha, muito fácil de ser destravada.
O curioso é que cada um utiliza a sua bicicleta de acordo com as suas necessidades.
Tem as supermães que precisam levar os dois filhos para a escola.
É ou não é praticamente um carro?
Tem o filho que tem que ir pra escola, mas não consegue acordar. Vai assim mesmo.
Tem os modelos elétricos, muito usados por aqui!
E as jovens que não abrem mão do estilo.
Óbvio que salto combina com bicicleta!Tem os usuários das melhores engenhocas japonesas, que claro, não poderiam estar de fora desse mercado.
Um porta guarda-chuva, já que é proibido segurar qualquer objeto. As duas mãos devem estar no guidon.
Um porta-copos, para continuar tomando o café quentinho, quando parar no farol.
E esta bicicleta desmontável, será que é prática mesmo?
Tem lugar para todo mundo! Principalmente para os integrantes mais mimados das famílias japonesas, os pets. E não é qualquer lugar! Tem que ser confortável e quentinho. Se combinar com o modelito da dona então, melhor ainda!
Coisas de Japão ...
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