domingo, 18 de setembro de 2011

Dia-a-dia

No mapa, o Japão fica muito longe do Brasil, mas a distância às vezes parece muito maior. A sensação é de estar em outro planeta. Essa cena é sugestiva. Com todo respeito, mas essa mulher me pareceu uma extraterrestre.
Todo esse aparato serve para evitar a passagem de qualquer raio de sol. As japonesas odeiam o bronzeado.
É realmente um pais peculiar. Com o tempo, vou me acostumando com o choque cultural. Mas vale a pena ver algumas curiosidades.
Depois da Segunda Guerra, o Japão teve uma enorme influência dos americanos. A mistura da cultura junkie com a criatividade nipônica criou uma cultura única...nada parecido com qualquer outro país. E não são apenas os modelitos das meninas.

Já a comida japonesa vai muito além do sushi. No café da manhã, os japoneses também comem arroz, picles, peixe assado ou frio e missoshiro. E na hora do lanche?
À tarde, sabe quando dá aquela vontade de um pãozinho de queijo? Aqui o hábito é um pouco diferente. A cada esquina, ou melhor, a cada combini (loja de conveniência) é possível comprar o famoso oniguiri!

É um bolinho de arroz recheado de salmão, atum, ovas, tudo o que se pode imaginar. Mas sabe o que é o mais japonês de tudo isso? Existe um procedimento de abertura da embalagem. Para a alga não murchar, ela é embalada separadamente. E é preciso seguir os três passos das instruções, caso contrário o oniguri sai despedaçado. Perdi vários até entender a técnica.
Na verdade, há uma variedade de petiscos, alguns com um aspecto um pouco esquisito.
Dizem que é uma delícia! Mas confesso que não me animei muito ainda para provar.

Outro vício por aqui são as famosas maquininhas de bebidas. Tem café quente e frio, chás, isotônico e sucos diversos. É a uma das melhores partes da vida no Japão. Tem em quase toda esquina e, principalmente, nos lugares mais remotos. Algumas moedinhas bastam para se refrescar ou esquentar o corpo.
Em dias de grande emergência, como um grande terremoto, dizem que as bebidas são grátis. Confesso que estava tão assustada no dia da tragédia que nem percebi!
Essa é minha bebida predileta!  Um suco de banana maravilhoso, pena que é difícil de encontrar.

Na terra do vídeo game, é de se esperar no mínimo um monte de fliperamas espalhados pela cidade. Reparei que a febre por aqui são as maquininhas de pegar bichinhos de pelúcia. Existem várias lojas especializadas só nisso.  
O que não entendo é como pegar bichinhos tão grandes!

Em cada rua, uma surpresa. No país que tem uma das populações mais idosas do mundo, não faltam oportunidades para os aposentados. São várias funções. Em qualquer obra na rua, é preciso ter alguém orientando pedestres. E os idosos são maioria nesse tipo de serviço, inclusive em portas de grandes lojas. Sempre dois ou três, educadamente, mostrando o caminho que devemos seguir.  
Agora repare na pessoa abaixo:
Como bons japoneses, logo criaram uma espécie de robô que fica mexendo os braços. Agora não pense que vale mais a pena fazer esta substituição toda hora.
Este deve ser um dos segredos para a longevidade da população, manter os velhinhos sempre ativos. 
Para as crianças, a grande invenção é este carrinho utilizado pelos berçários.
Simplesmente útil!
Ah! Não se assuste com a máscara da moça, é muito comum por aqui. Ela não está com medo de ser contaminada, muito pelo contrário. A máscara é usada quando se está gripado, para não transmitir o vírus a ninguém e para evitar uma alergia muito comum no país, transmitida por uma flor. 
Tantas curiosidades mostram o tamanho do choque cultural para ocidentais e, principalmente, brasileiros. Imagino como deve ter sido difícil para tantos japoneses se adaptarem a um país tão aberto como o Brasil. No mesmo planeta, países opostos em todos os sentidos.
E salve as diferenças!

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